Uma adolescente de 19 anos estava namorando com um rapaz, de 23, quando acabou sendo mordida por uma cobra, em um terreno aberto e cheio de mato, nas proximidades da UERN de Nova Cruz, no último sábado (5), por volta das 22hs.
Segundo uma amiga da vítima, a jovem foi inicialmente socorrida pelo namorado, que estava de motocicleta, e em seguida conduzida por uma pessoa da família, para um hospital em Natal, não sabendo informar para qual unidade ela foi encaminhada. É provável que a jovem tenha sido levada para o Gizelda Trigueiro, que atende pessoas mordidas por animais peçonhentos.
Já o namorado da jovem teria dito que não tinha a intenção de levar a namorada para namorar no mato, e que só passavam pelo local quando resolveram “parar um pouquinho”.
Entretanto, a versão da amiga da vítima contradiz a do namorado, que diz que eles teriam praticados sexo deitados no mato, e que o incidente aconteceu quando a adolescente estava vestindo a roupa.
Mas outra versão dada a nossa reportagem pela prima da vítima nega o fato. Ela disse que a menina não estava namorando no mato; que foi mordida por um “bicho não identificado” quando caminhava pelo citado trecho escuro, e que teria ido para Natal com o tio, tarde da noite, porque a viagem estava programada, e em razão da mordida do “bicho” o tio teria dito: “vamos para Natal, chegando lá levo você em algum hospital verificar isso”.
“A prima dela disse isso porque os pais dela não pode saber que ela sai de casa pra ir namorar no mato”, denunciou a própria amiga.
No local onde o suposto fato aconteceu, no chão é possível encontrar diversas embalagens de preservativos.
Os “motéis a céu aberto”
Em Nova Cruz tornou-se comum casais de adolescentes se arriscarem em terrenos cheios de mato e ambientes escuros ruas sem iluminação e locais abandonados. Não há fiscalização e para eles nada impedem. Além do risco que correm, sem fiscalização fica impossível também de identificar se há menores envolvidos nestes atos - o que não seria surpresa.
Época em que havia trabalho
Mesmo esta não sendo a função de um delegado de polícia, uma das pessoas que se preocupou e executou um trabalho educativo, que evitou que jovens namorassem e fizessem sexo nos terrenos abertos cheios de mato, foi o Bel. Robson Coelho. Na época em que o mesmo era titular da Delegacia de Nova Cruz, por várias vezes, junto com sua equipe de policiais, fizeram diligências em locais escuros e inseguros da cidade, durante a noite, e orientou os casais a não namorarem naquele ambiente, pedindo para que procurassem um lugar seguro e iluminado.
Também a Juiza Dra Gabriela, que por um tempo foi titular da Vara da Infância e Juventude, de Nova Cruz, fez um excelente trabalho colocando agentes de proteção nas ruas para fiscalizar e evitou que muitas crianças e adolescentes procurassem praticar esse tipo de coisa em locais inadequados.
Atualmente, todo mundo sabe que esse tipo de fato é comum, porém, finge-se que nada está acontecendo.
Gazeta do Agreste
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