Governo licita a reconstrução da barragem de Jandaia
O titular da Semarh, Francisco Sarmento, explicou como será feita a reconstrução da barragem. “O serviço envolve a recuperação do maciço, porque uma barragem de terra não pode ficar submersa e isso ocorreu três vezes devido as chuvas. Inicialmente será feita a remoção de todo o material que não pode ser salvo e a recompactação de todo esse maciço, além da conclusão da barragem efetivamente, inclusive com seu sangradouro que deveria ter sido construído desde 2003”.
Histórico – A construção da barragem de Jandaia foi iniciada no Plano das Águas. Uma obra com cerca de 30 metros de altura (equivale um prédio de 10 andares) e 600 metros de comprimento de parede construída em terra. No final do ano de 2002, haviam sido concluídos 61% dos serviços, mas com a mudança de gestão em 2003 as obras foram paralisadas. No ano seguinte, com o agravamento das chuvas na região e a ameaça de rompimento do reservatório foi feito um serviço de emergência.
“Jandaia teve a sua construção interrompida durante um ano. Em 2004, o inverno na região do Brejo foi muito grande e ela transbordou três vezes: dias 22 e 26 de janeiro e 5 de fevereiro. Por um milagre, o maciço de quase 30 metros de altura não desmoronou o que causaria uma tragédia para as populações tanto da Paraíba quanto do vizinho Rio Grande do Norte, na cidade de Nova Cruz”, explicou Sarmento.
O obra de emergência realizada em 2004 pelo Governo do Estado consistiu em abrir um sangradouro, na própria parede da barragem. “Com essa medida, ocorreu uma retirada de material compactado (terra), ou seja, um pedaço da barragem foi removido para dar vazão as águas, transformando assim parte do corpo da barragem num sangradouro que deveria ter sido feito ao longo de 2003”, informou o secretário.
Agora, para fazer revitalizar a barragem a Semarh precisou licitar, contratar e elaborar um projeto de reconstrução que demandou muitos levantamentos em campo e tempo de trabalho de engenharia. Com a conclusão da obra serão beneficiadas as cidades de Bananeiras, Solânea, Borborema, Serraria, Arara, Casserengue, Damião, Cacimba de Dentro, Araruna, Riachão, Campo de Santana e Dona Inês, totalizando uma população de 123 mil habitantes. “Suas águas serão destinadas ao abastecimento humano, piscicultura e irrigação. O início das obras está previsto para meados de setembro”, concluiu Sarmento.
Do Araruna Online
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